Por Marinho Saldanha (Folhapress)
O Brasileirão 2024 vai começar com uma mudança importante no regulamento de competições. A partir de agora, nove jogadores de outras nacionalidades podem ser relacionados por time a cada jogo. Mas nem todo mundo vai 'na onda' dos jogadores estrangeiros.
Enquanto há clubes brasileiros que até extrapolam o limite de estrangeiros em seus elencos, alguns times se destacam como os que menos recebem jogadores nascidos em outros países. Todos os times da Série A têm ao menos um gringo em seus elencos. O Juventude tem só um jogador de fora do país no grupo principal, o argentino Tomi Montefiori. O Cuiabá tem dois jogadores de fora do país no grupo -o paraguaio Isidro Pitta e o argentino Luciano Giménez.
Em seguida vem o Vitória, com três gringos: Zapata (COL), Cáceres (PAR) e Castillo (EQU).
"O clube visa, no momento, explorar ao máximo o mercado brasileiro. Ou seja, jogadores dentro do nosso cenário econômico, com perfil que se encaixe naquilo que buscamos para a formação do nosso elenco. Com o fim do Estadual e começo do Brasileirão, não há muito tempo para o atleta se adaptar ao clube. Ele precisa chegar praticamente pronto e apto a jogar. Nosso grupo conta com atletas remanescentes da Série B. Além disso, contratamos jogadores destaques da Série B e atletas da Série A", disse Júlio Rondinelli, executivo de futebol do Juventude.
A ausência de gringos em Juventude e Cuiabá não pode ser tratada como uma simples opção, ainda que mostre o comportamento de ambos no mercado. Tanto gaúchos quanto mato-grossenses foram favoráveis ao aumento no limite de estrangeiros por time em votação na CBF.
A ausência se justifica em oportunidades de mercado e na dificuldade natural de levar promessas ou jogadores consolidados para mercados diferentes dos grandes centros do futebol.
"Se o atleta for estrangeiro e preencher os requisitos que buscamos no momento da contratação, ele poderá figurar no elenco do Juventude", concluiu Rondinelli, que diz respeitar o orçamento.