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Elon Musk quer desafiar o YouTube criando plataforma concorrente

Elon Musk quer esquentar o mundo do X e conquistar fatia de usuários do YouTube | Foto: Marcio Jose Sanchez

por Guilherme Cosenza

Não é novidade que Elon Musk gosta de desafios e de desafiar empresários no mundo do Business. Porém, dessa vez o dono da  PayPal, Tesla, a SpaceX e a Neuralink, está novamente marcando sua nova polêmica no mundo da tecnologia. Dessa vez quem está na mira do CEO das empresas focou no Google, ao dizer que irá lançar uma nova concorrência para ninguém menos do que a plataforma do YouTube.

Visando tentar alavancar a plataforma X, antigo twitter, que não vem tendo o mesmo sucesso de antigamente, quando ainda tinha o passarinho branco no fundo azul. Aliás, desde a aquisição de Musk, a plataforma veio de fato perdendo espaço e seguidores ao longo dos anos, indo na contramão do YouTube que vem crescendo a cada dia mais. Dessa forma, o X trará uma cópia do concorrente que permitirá a publicação de vídeos mais longos. Atualmente os usuários do X que querem postar vídeos maiores, devem pagar o pacote premium da plataforma para conseguir o direito a publicar vídeos mais longos. Uma forma de rentabilizar pela plataforma que no começo do ano anunciou que vem dando mais espaço para os vídeos publicados na rede social.

Porém, com a nova medida, Musk também quer bater de frente com outras plataformas como o Twitch que permite horas intermináveis de transmissão e que é hoje um dos mais usados por influencers do mundo inteiro. Mas também bater no app Signal de mensagem criptografadas e a rede social Reddit. Mas mesmo declarando seu foco em bater de frente com todas essas redes sociais, é nítido que o maior motivo de enfrentamento de Musk é tentar pegar uma fatia ou conseguir reverter os usuários do YouTube para sua nova plataforma. Com maior tempo de vídeo, o CEO quer fazer com que os usuários fiquem mais tempo conectado e como consequência, um maior aumento dos anunciantes na plataforma.

Em números, para se ter uma ideia da real vontade de Musk em cima da plataforma do Google, o X teve uma queda de 30% de seus anunciantes e usuários só no último ano nos Estados Unidos, enquanto atualmente o YouTube fatura 12 vezes mais que o X por conta de seus anunciantes e a possibilidade de postagem de vídeos mais longos na rede. Isso significa que se a rede não tivesse vínculos com o conglomerado Google, só ela possuiria um valor de mercado de cerca de R$ 400 bilhões e cerca de 12 bilhões de usuários. Já o X tem 250 milhões de usuários no total. Uma diferença considerável entre as duas redes. Números de janeiro da consultoria Nielsen também  mostram que a marca do Google é a principal entre os serviços de streaming nos EUA, com 8,6%, no consumo pelas telonas, à frente da Netflix, 7,9%. Contudo, se de fato for criada a nova rede, o X passará em TVs inteligentes de marcas como Amazon e Samsung.

Porém, vale ressaltar que essa não é a primeira vez que a plataforma busca atrair a atenção fora das telas dos smartphones. Em outras ocasiões, ainda sob controle dos gestores antigos, houve outras tentativas, mas o processo não vingou. Para tentar impulsionar a ideia, a equipe de Musk convidou o influenciador americano Mr. Beast, conhecido por ter mais de 243 milhões de inscritos no YouTube. Beast topou o desafio e subiu um vídeo completo no X. Depois, postou os ganhos que lhe renderam mais de US$ 250.000 em receita. Porém, o próprio influenciador levantou uma questão importante. Por se tratar de uma figura pública, conhecida e com forte apelo midiático, pode ter sido mais fácil para impulsionar a visualização, com isso, aumentando os ganhos.

Com isso, fica difícil afirmar que se tratando de um usuário comum ou um influencer, sem a mídia focando nele durante o uso da plataforma em um dia normal, se seria possível obter todos esses lucros. Dessa forma, resta agora esperar os próximos passos que Musk dará em sua luta para tentar alavancar o X no mercado das redes sociais e voltar a esquentar a plataforma que adquiriu e que já foi a número 1 dos Estados Unidos por muito tempo.

Briga com ChatGPT e Meta

Outra briga que vem sendo travada por Musk é contra o OpenAI, companhia ao qual ele mesmo ajudou a fundar e que é a empresa por trás do ChatGPT, que utiliza a inteligência artificial para elaboração de textos. Desde sua criação, o ChatGPT é a rede de Inteligência Artificial mais procurada e usada no mundo. Porém, o CEO da Tesla entou na Justiça americana contra a empresa.

A alegação de Musk é que a empresa teria traído o princípio ao qual foi criada de não ter fins lucrativos e por ter atingido o nível de Inteligência Virtual Geral, o que igualaria a inteligência humana. Porém, a OpenAI estaria utilizando esse tipo de inteligência sem comunicar ao mundo que atingiu essa classificação.

Outro alvo dos ataques de Musk foi a empresa de Mark Zuckemberg, desafeto público de Musk. Segundo ele, a Threads, ferramenta da Meta para criação de texto, "não serve para nada", desclassificando assim o projeto de IA da empresa.

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