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Como a marca pode atrair o consumidor?

Julio Monteiro, vice-presidente da ABF Rio e sócio do Magamatte | Foto: Reprodução

Vice-presidente da ABF Rio e sócio da Megamatte, do Grupo Rhodium , Julio Monteiro, trouxe para o mercado varejista as suas impressões sobre a 114ª edição da convenção anual da National Retail Federation, a NRF (entidade oficial do varejo nos Estados Unidos), realizada em janeiro, em Nova York, na palestra "Aconteceu na NRF", realizada em 26 de fevereiro, na sede da ABF Rio, e também no "Pós NRF 2024", no Centro de Inovação Senac-RJ, em 28 de fevereiro.

Julio disse que ficou impressionado com a quantidade de brasileiros que compareceram ao evento. "Era possível ouvir português nos corredores do evento. Precisamos voltar ao Brasil com esse conhecimento para implementar algo".

Um dos primeiros passos para esta mudança, de acordo com o executivo, é realizar uma mudança cultural dentro das empresas, começando pelas lideranças até os funcionários que trabalham diretamente com os clientes. "O profissional da loja precisa viver a cultura da marca", disse Julio. "Temos que cuidar do nosso ponto de venda, não é porque uma marca é atrativa ao consumidor, que devemos deixar o local de lado. O consumidor precisa se sentir em casa na hora de comprar um produto", completou o executivo.

A necessidade de transformar o ponto de venda em um ambiente mais agradável aos clientes é ainda maior com a predominância das vendas online. "A gente não tem mais que ir a uma loja. A gente tem que querer ir à loja", disse o executivo. "Eu não posso chegar na loja e ter tantas barreiras na hora de experimentar um sapato. Se o cliente não gostar do produto, ele precisa se sentir confortável para ir embora".

Tecnologia e inteligência artificial

De acordo com Julio, inteligência artificial foi o tema mais falado em Nova York e os profissionais de varejo precisam absorver cada vez mais conhecimento sobre o assunto. Além do aprimoramento sobre a inovação, o executivo destacou que o evento mostrou para o mercado a importância do investimento em uma política de dados eficiente para conhecer seu cliente. "Ou você personaliza seu negócio ou você cai fora do varejo", afirmou.

"Antigamente, o Seu Manoel da padaria falava: 'Dona Maria, vai aquele pãozinho fresco para a senhora comer com o seu marido? Vai sair às 17h'. Ele deu todas as informações necessárias para a cliente dele. Este contato íntimo não é possível sempre, mas, atualmente, nós temos os dados para trabalharmos dessa forma", concluiu o executivo.

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