Por:

Empresas brasileiras lideram o uso de IA generativa

De acordo com a AB2L, o Brasil está liderando a corrida | Foto: Divulgação

Desde que a inteligência artificial se tornou mais acessível ao público em geral e seu uso se tornou cada vez mais frequente por meio de plataformas como o ChatGPT, OpenAI ou Google BARD, entre tantas outras, as discussões sobre o assunto têm dominado as redes sociais, as demandas políticas e a mente de empreendedores inovadores. Estes últimos conseguiram enxergar na novidade uma forma de adaptar o uso da IA em seus negócios.

Essa forma de utilizar esses recursos é chamada de IA generativa, que consiste em um treinamento para criar padrões específicos, direcionando a inteligência artificial para um objetivo pré-estabelecido.

De acordo com a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), o Brasil está liderando a corrida no uso de IA generativa.

Daniel Marques, presidente da AB2L, explica que no âmbito do Direito e da Justiça, a Inteligência Artificial Generativa tem o potencial de trazer inovações significativas, tornando esses setores mais eficientes, acessíveis e, em muitos casos, mais justos. E complementa: "A Inteligência Artificial não substituirá o advogado, eles serão substituídos pelos juristas que usam IA."

O que poderia demorar semanas e concentrar vários profissionais, o serviço de análise de dados de documentos, tarefa primordial para a rotina dos advogados, está sendo acelerado pela inteligência artificial generativa e é um dos mais utilizados pelas empresas associadas à AB2L. A lawtech Sem Processo, por exemplo, utiliza a IA Spectter, que consiste em um assistente jurídico criado com a finalidade de analisar, consultar, resumir e criar documentos jurídicos variados, promovendo eficiência e agilidade na prática jurídica. A Docket e a INOV.AI também usam ferramentas que facilitam esse processo. A Preâmbulo Tech, por sua vez, possui o software CPJ-3C possui metodologia embarcada com fluxos essenciais que permitem ganhos significativos em produtividade e assertividade e foi eleito três vezes consecutivas como o mais utilizado do Brasil.

Já a lawtech Consult Expres Serviços aposta na solução chamada Jurireal, uma inteligência de estudo de dados jurídicos capaz de mapear e demonstrar ao interessado o verdadeiro estado de sua base processual. No mesmo sentido trabalha a IA da lawtech Deep Legal, capaz de fazer perguntas na carteira de processos, tornando as consultas e pesquisas muito mais assertivas. Também apostando na desburocratização do trabalho dos advogados, a TWT, consegue com sua IA classificar publicações, extrair dados de petições iniciais trabalhistas e de matrículas de imóveis, entre outros serviços.

Outra empresa que segue nessa mesma direção é a Turivius. Fundada nos laboratórios do MIT e da USP, a lawtech oferece uma plataforma de pesquisa jurisprudencial alimentada por inteligência artificial. A tecnologia opera com dois times de robôs: o primeiro captura milhões de decisões judiciais dos tribunais, e o outro utiliza IA generativa para encontrar padrões nas decisões dos juízes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.