Por: Redação

Mar de gente na Paulista confirma ressurgimento da força da direita

Uma multidão tomou a Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, 26 de novembro, para uma manifestação em homenagem a Cleriston Pereira da Cunha, preso pelos atos de 8 de janeiro que morreu no último dia 20 no Complexo da Papuda, no DF. Além disso, o ato, organizado pelo pastor Silas Malafaia e que contou com a presença de políticos da direita, teve protestos contra os excessos do Supremo Tribunal Federal. | Foto: CM

Macaque in the trees
Milhares de pessoas estiveram na tarde deste domingo, 26 de novembro de 2023, na Avenida Paulista, principal via e um dos mais conhecidos pontos turísticos de São Paulo | Foto: Andre Ribeiro/Futura Press/Folhapress

Milhares de pessoas participaram de uma manifestação neste domingo (26) em frente ao Masp, em São Paulo, além de fazerem críticas ao Governo Lula e, principalmente, aos excessos do Supremo Tribunal Federal, o ato homenageou Cleriston Pereira da Cunha, réu dos ataques de 8 de janeiro, que morreu no último dia 20 no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

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Na foto, o pastor Silas Malafaia (3º) com a viúva de Clériston, Jane Duarte (2ª) e a sua filha (1ª). Além do senador Magno Malta (4º) | Foto: CM

Os manifestantes entoaram críticas ao presidente da República, chamado de "ladrão", e ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE e ministro relator dos casos relacionados ao 8 de janeiro no STF (Supremo Tribunal Federal).

O ato intitulado "Em Defesa do Estado Democrático de Direito, dos Direitos Humanos e em Memória de Cleriston Pereira da Cunha", teve como um dos organizadores o pastor Silas Malafaia e contou com a participação de outros políticos brasileiros, como o senador Magno Malta (PL-ES) e os deputados federais Ricardo Salles (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP).

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Milhares de pessoas estiveram na tarde deste domingo, 26 de novembro de 2023, na Avenida Paulista, principal via e um dos mais conhecidos pontos turísticos de São Paulo | Foto: Andre Ribeiro/Futura Press/Folhapress

Mesmo sem estar presente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi lembrado em cartazes e nos gritos dos manifestantes, que cantaram "volta Bolsonaro". O advogado Fabio Wajngarten, que comandou a Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro e hoje trabalha para o ex-presidente, publicou vídeo no X, antigo Twitter, com o momento em que os manifestantes pediam a volta do presidente.

O ex-presidente e seus seguidores associam a pauta dos direitos humanos à esquerda e à impunidade. Em contraposição, eles defendem punições mais severas e questionam a importância de oferecer condições básicas de sobrevivência aos detentos.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi uma das primeiras a discursar. Após puxar um coro de "Justiça", a parlamentar afirmou que "essa morte não vai ser em vão, não vamos nos intimidar". Em resposta, manifestantes gritaram "fora Xandão", em referência a Moraes.

O ministro e o STF são os principais alvos nos discursos na avenida Paulista. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) foi outro que mirou o magistrado. "Alexandre de Moraes, o seu tempo está chegando", disse do alto do carro de som.

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Deputado Nikolas Ferreira foi ovacionado durante o seu discurso | Foto: CM

Já Nikolas Ferreira (PL), aproveitou a presença da multidão e pediu um "grito" para quem quisesse que o ministro Alexandre de Moraes deixasse a cadeira da Corte do supremo Tribunal Federal.

A multidão, imediatamente, deu o seu "grito" de aprovação pelo pedido do parlamentar. "Alexandre de Moraes, o Brasil não tem medo de você. Não contem comigo para desistir deste país", ressaltou Nikolas, que foi ovacionado pela multidão.

Por conta do ato realizado neste domingo, usuários do X (antigo Twitter) subiram a tag "#PorJusticaNaPaulista", que chegou aos assuntos mais comentados da rede social.

Outras capitais

Além de São Paulo, manifestantes também realizaram atos em outras grandes capitais do país, como Rio de Janeiro, Florianópolis e Salvador.

Morte na Papuda

Segundo documento da Vara de Execuções Penais, Cleriston, 46, morreu após ter "um mal súbito durante o banho de sol". Ele havia sido denunciado pela prática de crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado.

Em interrogatório no dia 31 de julho, ele afirmou ter um diagnóstico de vasculite, doença que o fazia desmaiar e ter falta de ar, e disse que passou mal no dia dos ataques no traslado entre a sede do Congresso Nacional e o presídio, desmaiando e urinando em sua roupa.

Com informações de Flávio Ferreira (Folhapress)

 

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