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'A caravana visa aproximar o Governo Federal das prefeituras'

Secretário especial de Assuntos Federativos falou sobre a Caravana Federativa, que chega ao Rio no fim do mês | Foto: Ascom/Planalto

Depois da estreia em Salvador, na qual compareceram representantes de 85% das 417 prefeituras baianas, nos dias 28 e 29 de setembro será a vez de o Rio de Janeiro receber a Caravana Federativa.

O objetivo do evento, do qual desta vez estarão presentes todos os 37 ministérios e bancos públicos, é resolver pendências, levar e ampliar os programas do governo federal às 92 prefeituras fluminenses.

"A ideia é facilitar a vida dos prefeitos e secretários. Em vez de eles irem a Brasília, Brasília vai até eles", resume o secretário especial de Assuntos Federativos, André Ceciliano, cuja missão da pasta é justamente atender às demandas dos estados e municípios.

Confira a entrevista do secretário, que já é chamado pelos prefeitos fluminenses de "embaixador do Rio em Brasília".

O que é a Caravana Federativa e qual é o seu principal objetivo?

A Caravana Federativa é um evento promovido pelo Ministério das Relações Institucionais da qual partucipam todos os ministérios e bancos públicos do Governo Federal. O principal objetivo da Caravana é levar os serviços oferecidos pela União diretamente às prefeituras locais, facilitando a vida dos gestores municipais. Em vez de eles irem a Brasília, Brasília vai até eles.

Quando e onde acontecerá a próxima edição da Caravana Federativa?

A próxima edição da Caravana Federativa acontecerá nos dias 28 e 29 de setembro, no Expo Mag, que é o antigo Centro de Convenções Sul América, localizado na Cidade Nova, no Centro do Rio de Janeiro. O evento conta com o apoio do Governo do Estado.

Quais são os serviços oferecidos durante a Caravana Federativa?

Durante a Caravana Federativa, oferecemos uma ampla gama de serviços dos 37 ministérios e bancos públicos do Governo Federal, além de termos equipes in loco para resolver eventuais pendências burocráticas ou dar orientação para resolvê-las. Isso inclui programas, convênios, incluindo Banco de Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal. Queremos que os gestores municipais conheçam e tenham acesso a todos esses recursos, que não são poucos. Muitas vezes, orçamentos são devolvidos porque as prefeituras não conseguem montar o projeto.

Esta é a segunda vez que acontece a Caravana e será no Rio. Como foi a primeira edição, em Salvador?

A primeira edição da Caravana aconteceu em Salvador nos dias 24 e 25 de agosto, com um grande sucesso. De um total de 417 prefeitos baianos, 288 compareceram ao evento e outros 129 enviaram secretários, totalizando 355 cidades presentes, ou seja 85% das prefeituras estavam lá. Nesse evento, foram realizados 3.500 atendimentos. Só a Advocacia Geral da União (AGU) fez acordos que somaram mais de R$ 100 milhões. A primeira dama da Bahia relatou que conseguiu resolver dois problemas em um único dia, sem a necessidade de se deslocar para Brasília.

Quais são as novidades para a edição da Caravana Federativa no Rio de Janeiro?

Com base nos erros e acertos da edição anterior, estamos preparando algumas novidades para a Caravana no Rio de Janeiro. Uma delas é a criação de uma cartilha que reunirá informações detalhadas sobre todos os programas e convênios existentes no Governo Federal, facilitando assim o acesso dos gestores municipais às informações que mais lhe interessam.

Como as prefeituras podem se beneficiar da Caravana Federativa?

As prefeituras podem se beneficiar da Caravana Federativa de diversas maneiras. Elas terão a oportunidade de tirar dúvidas, resolver pendências e acessar recursos que podem ser vitais para o desenvolvimento de seus municípios. Além disso, ao participar do evento, os gestores municipais economizam tempo e recursos que seriam gastos em deslocamentos até Brasília.

Qual é a importância do apoio do Governo do Estado para a realização da Caravana?

O apoio do Governo do Estado é fundamental para o sucesso da Caravana Federativa. Ele contribui para a logística do evento e fortalece a parceria entre os governos estadual e federal na busca por soluções e melhorias para as administrações municipais. O trabalho em conjunto é essencial para atender às demandas das prefeituras fluminenses de forma eficiente. É fundamental que os três entes federativos - União, estados e municípios - trabalhem juntos.

Como os gestores municipais podem participar da Caravana Federativa no Rio de Janeiro?

Os gestores municipais interessados devem ir ou mandar seus representantes para a Caravana, dia 28 e 29, no antigo Centro de Convenções Sul América, na Cidade Nova, no Centro do Rio. Teremos enorme prazer de receber a todos. O evento é uma oportunidade única para estabelecer contatos, obter informações e solucionar questões que impactam diretamente na gestão de seus municípios. Recomendo que fiquem atentos às datas e locais divulgados para não perderem essa chance.

A atribuição da sua secretaria, que trata de Assuntos Federativos, é justamente dialogar e resolver demandas dos prefeitos de todo o Brasil. Os do Rio já estão lhe chamando de embaixador do Rio em Brasília. Como tem sido a rotina?

Tem sido extenuante, mas extremamente gratificante. Chego por volta das 8h e raramente volto antes das 22h. O ministro Padilha é uma máquina de trabalhar, entaõ achei minha cara-metade! Eu fui prefeito duas vezes, deputado estadual por vários mandatos e presidente da Alerj, onde também recebíamos muitos prefeitos. Fizemos até uma sala só pra eles lá no Alerjão (sede do Legislativo Fluminense). Conheço bem a realidade e necessidades dos gestores municipais e sou um municipalista convicto. A reforma tributária em curso vai dar maior autonomia a eles. Será uma mudança positiva a que está por vir.

Seus planos para 2024? Já circularam notícias de que você poderia ser vice do prefeito Eduardo Paes. Faz sentido?

Obviamente a citação ao meu nome me envaidece, até porque considero o Eduardo um dos gestores mais competentes da sua geração. Mas o futuro a Deus pertence e, no momento, estou 100% dedicado a Brasília e gostando muito do meu trabalho. Tem gente achando que eu viria pra Brasília para fazer um ano sabático, mas, na verdade, está sendo um ano "trabalhático" (risos).