Por Sônia Paes
O maior conjunto empresarial do interior do Estado do Rio formado por 16 andares, em uma área de 37 mil metros quadrados, e que já abrigou três mil empregados da CSN, é hoje um monumento de descaso da empresa com o Estado do Rio.
No prédio, funcionava setores da siderúrgica como o de Recursos Humanos, Administração, Informática, Assessoria de Imprensa, entre outros. Os acionistas transferiram todos os departamentos para São Paulo.
O prédio do Escritório Central, conhecido pela sua grandiosidade, poderia abrigar hoje uma super faculdade de medicina, como foi proposto pelo deputado estadual, Gustavo Tutuca, gerando emprego e movimentando a economia de todo o interior do Estado do Rio, e não estaria subutilizado no município.
A direção da CSN já recebeu outras propostas para o uso do prédio, mas recusou todas.Uma delas foi feita em 2017 pelo próprio município. A intenção era negociar a compra do Escritório Central em troca da dívida que a Companhia tinha, na época, com a prefeitura. Não houve avanço e as negociações foram encerradas dois anos depois, em 2019.
A intenção da prefeitura era transformar o edifício em um Centro Estratégico Municipal. O local reuniria departamentos da prefeitura, órgãos públicos e empresas interessadas em se instalar em Volta Redonda, além de um Centro de Tecnologia e uma Incubadora de Empresas.
Vazio
Hoje o prédio está vazio cercado por placas metálicas para impedir que pessoas em situação de rua continuem procurando abrigo no local.
A CSN iniciou o esvaziamento das atividades em 2004. Logo depois, a siderúrgica levou todo o escritório para São Paulo, inclusive o residual do prédio que chegou a ser instalado no interiorda Usina Presidente Vargas.
A empresa simplesmente transferiu todo o seu quartel general para São Paulo, conforme o Correio da Manhã informou no editorial divulgado ontem. A CSN é a sétima devedora do Estado do Rio e a dívida já passa da casa de R$ 1,8 bilhão de tributos não recolhidos ao Estado do Rio que foi abandonado por Benjamin Steinbruh.