Ao insistir num discurso radical e rejeitar qualquer possibilidade de concessões, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) revela a disposição de tentar não permitir que a corrente política liderada por seu pai seja diluída por uma direita mais flexível.
Integrantes do PL-raiz — pouco afeito a compromissos ideológicos — admitem, em conversas reservadas, que não será fácil conciliar o ímpeto bolsonarista expresso por Eduardo com o pragmatismo do presidente do partido, Valdemar Costa Neto: em 2002, ele abençou a entrada de José Alencar, como candidato a vice-presidente, na chapa encabeçada por Lula.
A possibilidade de o 03 sair do PL para disputar a presidência já é levada a sério; se ele permanecer solto e elegível.