Massacrados por Alberto Fernández, argentinos invejam o Brasil de Bolsonaro
Bolsonaro teria chance de reeleição se estivéssemos igual a Argentina?
Por Cláudio Magnavita*
Um vídeo circula nas redes do Programa AHORA, no qual Gustavo Segré faz uma leitura da economia brasileira que arranca suspiros de inveja do âncora argentino.
Nenhuma emissora brasileira faz esta leitura e o que é pior, o governo de Jair Bolsonaro além de não conseguir reproduzir os avanços que só os portenhos enxergam, principalmente por estarem atolados no governo populista de Alberto Fernandez, começam a acreditar que tirar Paulo Guedes é a única forma de ganhar as eleições.
O que os argentinos aplaudem e nós não conseguimos sair do eclipse da mídia de oposição? Primeiro a queda do desemprego de 14,8% para 10,5%. Uma demonstração da retomada da economia e da capacidade das empresas de se recuperarem . Na sequência, Segré apontou o crescimento do PIB em 1% no primeiro trimestre, lembra ele que o FMI orientou um crescimento no ano de 0,3%. Os primeiros três meses triplicaram os números do Fundo Monetário Internacional. O superávit fiscal continuou em nove meses. Quando ele fala que a inflação mensal é de 0,42%, o apresentador pede que repita este número. É só olhar os índices argentinos para entender a inveja. A dívida pública bruta é de 78,13% do PIB, próximo ao cenário pré-pandemia. Já a dívida pública do governo federal é de 57,9% do PIB. O superávit fiscal em abril foi de 8,2 bilhões de dólares. O maior superávit em 21 anos. Nos últimos 12 meses ele foi de 30 bilhões de dólares, equivalente a 1,52% do Produto Interno Bruto. Neste momento o âncora lembra que estamos com uma guerra e uma pandemia. Os dois não resistem e aterrizam : “São números impressionantes!”
Fazem um diagnóstico: Não é um governo populista, que distribui dinheiro, cuida da arrecadação e não emite moeda, em uma clara alusão ao fadado do governo de Alberto Fernandez. Arrancando um Mama Mia do apresentador, Gustavo Segré revela o vapor das reservas brasileiras: “O Brasil tem em reservas internacionais 362 bilhões de dólares. A dívida pública em dólares é de 47 bilhões. Se juntar a dívida pública e privada dá 300 bilhões de dólares. Dá para pagar tudo e ainda sobra dinheiro” finaliza. Com isso ele diz que a razão do dólar está baixo. Ele dá uma aula de civilidade ao dizer “ é Paulo Guedes é sua equipe surpreendendo a todos, até aos mais críticos”
Precisamos mais uma vez que os números levantem a nossa autoestima e demonstrem os acertos de Guedes. Para os críticos do ministro, uma reflexão: Bolsonaro teria chance de se reeleger se estivéssemos igual aos números da Argentina ?
Demonizar Paulo Guedes é fácil. É eleitoreiro. Mas os números da nossa economia são tão sólidos que há gente no Governo as achando que se corre o risco de entregar o país ao PT com os cofres repletos de dinheiro.
A quem interessa tirar o Paulo Guedes? Quem tem interesse em esconder os bons números (em uma guerra e uma pandemia)? Elogiar a economia é sinônimo de fortalecer o ministro. Por isso o silêncio?
Guedes tem os seus erros e convicções. Uma reserva de 362 bilhões de dólares poderia resolver a questão do combustível, resolvendo a questão cambial. O Presidente Jair Bolsonaro está certo em respaldar o Guedes e fazer ouvidos de mercador aos seus críticos, até aqueles que fazem parte dos almoços privados presidenciais. O que precisamos urgente é perder a vergonha e olhar os números reais da economia. O Brasil nunca esteve tão sólido. Neste quesito Guedes teve ajuda na moralização da máquina pública. Sem corrupção dos governos anteriores, o PIB consegue fixar positivo e as nossas reservas estão preservadas. O Posto Ipiranga tem nos salvado. Os argentinos que nos digam!
*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã