Haddad: governo federal vai colocar ordem nas contas
Para ministro, críticas de descumprimento da meta são delírios
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo continua empenhado em sua intenção de buscar um equilíbrio das contas públicas, e rebateu as críticas de que não haverá cumprimento das metas fiscais. De acordo com o ministro, as críticas de que o governo não cumprirá suas metas seriam "um delírio".
"Vamos entregar o melhor resultado fiscal do país em 4 anos, mesmo pagando tudo o que não se pagou de calote do governo anterior. E a impressão que se dá é que estamos vivendo uma crise fiscal. Isso é um delírio que eu preciso entender do ponto de vista psicológico, porque do ponto de vista econômico eu não consigo entender. Estão falando que vou mudar a meta de superávit primário desde 2023. Mas eu não mudei nenhuma vez. Estão falando que vou mudar a meta desde 2023, mas eu cumpro meus objetivos", afirmou.
Governo não vai recuar
O ministro reafirmou que apesar de haver "um jogo contra o Brasil" e "muita torcida contra", o governo não vai recuar em suas metas.
"É isso que as pessoas precisam entender, nós não vamos recuar dos objetivos de colocar as contas em ordem, que estão desorganizadas desde 2015", garantiu o ministro ao participar de um evento em São Paulo.
"Eu estou preocupado mesmo é com o tanto de dinheiro que está entrando no país", acrescentou.
Durante sua participação no evento, Haddad declarou que o Brasil está criando um ambiente de negócios favorável, como a reforma tributária, que está atraindo investimentos estrangeiros.
"Nós nunca tivemos tantos leilões na B3 (bolsa de valores) de rodovias e de infraestrutura, de uma maneira geral, como nós tivemos nesses 3 anos. O Ministério dos Transportes, como exemplo, vai duplicar a média dos 4 anos anteriores em termos de oferta de negócio no Brasil", lembrou.
Renda
Outro fator que deve contribuir para esse ambiente de negócios favorável, de acordo com Haddad, é a reforma sobre a renda, segundo informações da Agência Brasil.
"Estamos para votar uma nova etapa da reforma da renda no Brasil. A desigualdade no Brasil é um impedimento para o crescimento. Não existe crescimento com esse nível de desigualdade. Mas nós estamos corrigindo isso", disse.