32 milhões de pessoas foram vítimas de crime virtual

Prejuízo estimado pela pesquisa Datafolha é de R$ 24,2 bilhões

Por Martha Imenes

Criminosos virtuais criaram páginas similares a bancos e e-commerce para aplicar golpe

O crescimento de golpes virtuais no Brasil acende um alerta para empresas e consumidores. De acordo com a segunda edição da Pesquisa de Vitimização e Percepção da Segurança Pública no Brasil, realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cerca de 32 milhões de brasileiros — quase uma em cada cinco pessoas com 16 anos ou mais — foram ameaçados ou chantageados por criminosos que usaram dados pessoais ou de familiares para exigir dinheiro nos últimos 12 meses, gerando prejuízo estimado de R$ 24,2 bilhões.

Pix ou boleto falso

O levantamento mostra que 35% das vítimas de roubo sofreram golpe do Pix ou boleto falso, 11,4% foram alvos de criminosos que se passaram por elas, e 7% tiveram perfis bloqueados em redes sociais ou aplicativos de mensagem. 

Paulo César Costa, CEO da PH3A, afirma que o advento da tecnologia mudou o perfil dos crimes financeiros. "Está mais 'cômodo' aplicar golpes hoje em dia. No passado, era preciso manobras mais complexas e movimentações físicas dos criminosos para que tivessem sucesso. Hoje, basta acesso à internet de qualquer lugar para alcançar as vítimas. A evolução tecnológica acabou facilitando muito ocorrências de fraudes e estelionatos. A boa notícia é que há meios de se evitar e reduzir estes casos", afirma.