Golpes financeiros deram prejuízo de R$ 29 bilhões

Fórum de Segurança Pública aponta que 24 milhões de brasileiros foram vítimas

Por Martha Imenes

Tentativa de golpe ocorre por aplicativo de mensagem, e-mail e ligações. Tenha cautela

Queridinho dos brasileiros, o Pix virou parte do dia a dia, mas também se transformou em terreno fértil para golpes financeiros. Só entre julho de 2024 e junho de 2025, cerca de 24 milhões de brasileiros foram vítimas de fraudes com Pix ou boletos bancários, um prejuízo estimado em cerca de R$ 29 bilhões, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Do WhatsApp clonado, coleta de dados biométricos, a promessas de investimento relâmpago, os criminosos virtuais exploram a pressa e a distração das vítimas na correria do dia a dia.

"Hoje os golpes mais comuns são a clonagem de WhatsApp, falsas centrais de atendimento, promessas de retorno financeiro rápido, envio de comprovantes de Pix falsos e mensagens fraudulentas com links que levam a sites falsos", explica o advogado Stefano Ribeiro Ferri, especialista em Direito do Consumidor.

Sinal de alerta

Ferri lembra que os sinais estão quase sempre à vista. "Os sinais de alerta geralmente são: pedidos com senso de urgência exagerado, ofertas boas demais para serem verdade, links ou domínios estranhos, erros de português, solicitação de dados sigilosos e insistência em devolução imediata de valores supostamente enviados 'por engano'", esclarece.

Quando a fraude acontece, a reação precisa ser imediataexplica o advogado. "O primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência e comunicar ao banco. É fundamental agir rápido por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED), do Banco Central, que permite bloquear e devolver valores em determinadas situações. Além disso, o consumidor deve guardar todos os comprovantes, conversas e dados do golpista", diz Ferri.

O especialista destaca que as instituições financeiras podem ser responsabilizadas sempre que houver vulnerabilidade do sistema ou falha de segurança".