O volume de dinheiro esquecido em instituições financeiras atingiu R$ 10,69 bilhões em julho, segundo dados do Banco Central (BC). De acordo com a autoridade monetária, mais de 48 milhões de pessoas físicas e 4,6 milhões de empresas ainda podem resgatar os recursos, incluindo saldos de contas encerradas, sobras de consórcios e valores cobrados indevidamente.
Desse montante, R$ 8,08 bilhões pertencem a pessoas físicas e R$ 2,61 bilhões a pessoas jurídicas. Desde 2022, com a criação do programa Sistema de Valores a Receber (SVR), já foram devolvidos R$ 11,3 bilhões para 29,3 milhões de cidadãos e quase três milhões de empresas.
Segundo o BC, a maior parte dos beneficiários tem quantias pequenas a receber: 64% têm entre R$ 0,01 e R$ 10; 24% entre R$ 10 e R$ 100; 10% entre R$ 100 e R$ 1 mil. Apenas 1,8% ultrapassa R$ 1 mil.
O SVR foi criado para devolver recursos esquecidos em contas bancárias encerradas, tarifas cobradas indevidamente, cotas de consórcio não resgatadas, valores de cooperativas de crédito, entre outros. Muitos beneficiários nem lembravam que tinha direito ao dinheiro.
Resgate
Desde junho, o BC oferece a opção de resgate automático para pessoas físicas que tenham uma chave Pix vinculada ao CPF. Com essa função ativada, o depósito é feito diretamente na conta do cidadão, sem necessidade de novas consultas ou solicitações.
Na primeira semana de funcionamento, mais de 169 mil pessoas habilitaram a funcionalidade. A adesão é opcional e não está disponível para empresas ou para chaves com CNPJ.
Como consultar
Para saber se tem valores esquecidos, o cidadão deve acessar o site oficial do BC (www.bcb.gov.br/meubc/valores-a-receber) e informar CPF e data de nascimento. Caso haja saldo, é preciso fazer login com conta Gov.br nível prata ou ouro e ativar a verificação em duas etapas.
Quem optar pelo depósito automático deve vincular a conta por meio da chave Pix CPF. Já no caso de empresas e contas conjuntas, a solicitação permanece manual.