Governo vai migrar 4 milhões de contas para plataforma
Crédito do Trabalhador entra na quarta fase. Modelo antigo será extinto
O governo federal vai transferir cerca de 4 milhões de contratos antigos para a plataforma Crédito do Trabalhador, que fornece crédito com juros mais baixos a trabalhadores com carteira assinada. A transferência ocorrerá em operações antigas de crédito consignado de funcionários que trabalham ou trabalhavam em empresas que tinham parceria com bancos para oferecer empréstimos com desconto das parcelas no salário.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a portabilidade do crédito poderá ser feita pelo telefone celular, e estará concluída em novembro. O ministério não informou, no entanto, se o trabalhador precisa aderir ao programa ou se a transferência será feita automaticamente.
Balanço
Também chamada de Consignado CLT, a nova modalidade de crédito emprestou, até o fim da semana passada, R$ 27,8 bilhões a 3.919.679 trabalhadores.
Foram assinados 5.643.384 contratos, com juros médios de 3,58% ao mês. Cerca de 60% das operações atendem a trabalhadores que ganham até quatro salários mínimos.
Como era
No modelo antigo, as empresas privadas tinham de fazer convênios com determinado banco para possibilitar o desconto na folha de pagamento. O trabalhador com carteira assinada (CLT) tinha a opção de pegar o crédito consignado apenas na instituição com a qual o empregador assinou o convênio e compartilhou os dados funcionais. Esse modelo será extinto em novembro. Vai valer somente o Crédito do Trabalhador.