Futuros ficam próximos da estabilidade
Os juros futuros encerraram a segunda-feira perto da estabilidade. O movimento de realização de lucros visto desde sexta-feira perdurou durante boa parte da sessão, mas perdeu força e se esvaiu no meio da tarde, levando as taxas a zerarem o avanço, enquanto o dólar se firmou abaixo dos R$ 5,65.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 14,675%, de 14,639% na sexta-feira. A do DI para janeiro de 2027 terminou estável em 13,90% e a do DI para janeiro de 2029 passou de 13,63% para 13,64%.
A correção das quedas recentes iniciada na sessão anterior ditou a dinâmica dos DIs durante boa parte do dia, mas não se sustentou até o fim. Após o período de formação dos preços de ajuste (16h10 às 16h20), as taxas passaram a oscilar com viés de baixa, estimuladas pela aceleração da queda do dólar, que conseguiu fechar abaixo dos R$ 5,65, a R$ 5,6480. A combinação entre a valorização do câmbio e a baixa superior a 1% do petróleo alimenta a ideia de recuo nos preços da gasolina.
"A percepção é de que o DI hoje passou por mais uma realização de lucros do que uma alta provocada por algo mais estrutural", afirma Filipe Arend, head de renda fixa da Faz Capital, lembrando que a ponta curta se mexe menos com as apostas já precificadas para uma nova alta da Selic no Copom de maio. "A fala do Galípolo confirmou que a comunicação do Banco Central na última decisão em março foi acertada, porque reforçou que o ambiente era de muita incerteza, que a gente teria um novo ajuste na taxa de juros de menor magnitude, justamente em função disso", afirmou.