Economia freia e juros futuros caem

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Os juros futuros deram sequência ao rali iniciado em meados da tarde da sexta-feira (17), e fecharam a sessão com queda firme, com destaque para o alívio de mais de 20 pontos na ponta longa da curva. O recuo do IBC-Br acima do consenso deu combustível à redução das apostas num Copom mais agressivo no ciclo de aperto monetário, influenciando as taxas curtas, enquanto a perspectiva de que Lula esteja fora da disputa eleitoral em 2026 derrubou os vencimentos a partir de 2029.

As principais taxas terminaram o dia não somente no piso, como também nos níveis mais baixos desde meados de dezembro.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 caiu de 14,79% no ajuste para 14,57%, enquanto a do DI para janeiro de 2029 recuou a 14,31%, de 14,54% (ajuste). O DI para janeiro de 2026, que capta as expectativas para a política monetária em 2025, terminou em 14,66%, de 14,80% no ajuste e 14,76% no fechamento de sexta-feira. Manteve-se como o DI mais negociado da sessão, com giro de 1.335.600 contratos, mais que o dobro da média diária dos últimos 30 dias (567.581).

A segunda-feira prometia ser de correção em alta para curva, com o boletim Focus mostrando majoritariamente piora nas estimativas de IPCA - exceção para a mediana 12 meses à frente que caiu de 5,87% para 5,77% e o salto do IGP-10 de fevereiro, de 0,53% para 0,87%, muito acima do teto das projeções ( 0,50%).

Mas o resultado fraco do IBC-Br de dezembro, lido em conjunto com os das vendas do varejo e dos serviços prestados daquele mês, prevaleceu.