Por Marcello Sigwalt
Menor contingente, desde 2012, o percentual da população brasileira com renda domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza adotada pelo Banco Mundial (US$ 6,85 PPC por dia ou R$ 665 por mês) foi reduzido de 31,6% para 27,4%, indicam dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada, nessa quarta-feira (4), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em outro corte do estudo, a proporção da população com renda domiciliar aquém da linha de extrema pobreza (US$ 2,15 PPC por dia ou R$ 209 por mês) do Banco Mundial, igualmente recuou de 5,9% para 4,4%, a primeira vez que o indicador ficou abaixo dos 5,0%. Em números absolutos, a população em extrema pobreza baixou de 12,6 milhões para 9,5 milhões de pessoas, de igual forma, o menor contingente desde 2012. No período de um ano, 3,1 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza.
Para chegar a esses números, o IBGE levou em conta as linhas do Banco Mundial, conforme o Poder de Paridade de Compra (PPC), que faze o monitoramento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1 (ODS nº 1: Erradicação da Pobreza).
Caso não existissem os programas sociais adotados pelo governo federal, a proporção de pessoas na extrema pobreza em 2023 teria subido de 4,4% para 11,2%, ao passo que a proporção da população na pobreza teria crescido de 27,4% para 32,4%.
Ao mesmo tempo, o índice de Gini (0,518) em 2023 replicou o mesmo valor de 2022, permanecendo inalterada a desigualdade de rendimento, no comparativo anual.