Por: Marcello Sigwalt

Após grau de investimento, Master quer captação externa

Vorcaro: após 'grau de investimento', meta é captação externa | Foto: Divulgação Banco Master

Uma vez conquistado o rating A-, de grau de investimento no país, pela agência de classificação de risco Fitch, em outubro último, o Banco Master parte agora para um desafio ainda maior: o de acelerar planos para captação no mercado internacional.

"Recebemos um rating A-, no grau de investimento, e estamos conversando com investidores. A melhora do rating do Brasil também ajudou e essa operação será algo representativo para nós, em termos de volumes', adiantou o CEO do Banco Master, Daniel Vorcaro, ao adiantar que a captação pode ter um 'componente de dívida' e outro de 'capital'.

O planejamento da captação do recurso externo, na verdade, já vem sendo feito, por meio da diversificação das fontes de funding do banco, em meio à expectativa de que haverá condições de 'fechar em breve' uma operação no exterior, em que pese as turbulências dos mercados financeiros externos.

Volcaro explicou que o banco contratou a agência justamente para viabilizar a captação internacional. "A agência estudou a fundo nosso balanço, acompanha a evolução do banco. O rating mostra que estamos no caminho correto, diversificando os negócios e aprimorando a governança", acrescentou.

Como reforço ao bom momento para o banco, o economista-chefe do Master, Paulo Gaia, comenta que, apesar do momento de 'estresse' nos mercados, em razão da volatilidade apresentada pelos juros e dólar, há otimismo, no sentido de que o Brasil caminha para reconquistar o grau de investimento em poucos anos.

A exemplo da Fitch, a Moody's também revisou, recentemente, o rating do banco, como reflexo do 'rápido crescimento' de uma franquia focada em negócios corporativos e crédito consignado. A carteira do banco Master detém concentrações significativas, com exposição a precatórios e a ações em sua carteira de títulos.