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Pela sexta vez seguida, Focus eleva IPCA para 2024

Por Marcello Sigwalt

Pela sexta vez seguida, o Boletim Focus - consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras do país - elevou a projeção do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para 2024, desta feita, de 4,59% para 4,62%, o que consolida, ainda mais, o 'estouro' da meta de inflação, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em 4,5%, para este ano.

Para o ano que vem, a previsão inflacionária, igualmente, subiu, de 4,03% para 4,10%, ao passo que, para 2026, esta cresceu de 3,61% para 3,65%. Única exceção para 2027, mantida em 3,50% há 71 semanas. As informações foram divulgadas, nessa segunda-feira (11), pela autoridade monetária.

Em contraste com a marcha crescente da inflação, a estimativa do mercado para a economia este ano estagnou nos mesmos 3,10% anteriores.

Para 2025, esta subiu ligeiramente, indo de 1,93% para 1,94%. Parada em 2% também ficou a 'aposta' para 2026, mesmo percentual mantido, há 68 semanas, para 2027.

Moderada foi a expectativa do Focus em relação à Selic (taxa básica de juros), mantida, há seis semanas, em 11,75% ao ano, o mesmo para 2025, em 11,50% ao ano. Esta subiu de 9,75% ao ano para 10% ao ano para 2026, mas se estabilizou em 9,25% ao ano, para 2027. Coerente com a escalada cambial, o boletim elevou, de R$ 5,50 para R$ 5,55, a previsão do dólar para 2024.

O mercado manteve o resultado primário em -0,60% do PIB (pela décima semana seguida), assim como a estimativa para 2025, 'estacionada' em -0,70% do PIB. 'Imexível' ficou em -0,50% do PIB a previsão para 2026, em -0,30% do PIB para 2027.

Referência para avaliação da gestão econômica, a projeção da dívida líquida do setor público para 2024 ficou em 63,50% do PIB, mas caiu de 66,66% para 66,64% do PIB para 2025, e para 2026, de 69,22% do PIB para 69,11% do PIB.