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Expectativa 'freia' a alta de futuros

Em mais um dia de espera pela divulgação do pacote de corte de gastos, os juros futuros estiveram em alta nessa segunda-feira (11) também de pressão sobre o câmbio, mas sem a referência do mercado de Treasuries, que não operou em função de feriado nos EUA. Na reta final da sessão, porém, o movimento perdeu fôlego e as taxas reduziram o ritmo, perto dos ajustes dos vencimentos de curto e longo prazo, com o mercado realimentando esperanças de que a divulgação iminente das medidas.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 encerrou em 13,11%, de 13,09% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2027 fechou em 13,20%, de 13,13%. O DI para janeiro de 2029 terminou com taxa em 12,97%, estável.

O miolo da curva foi novamente destaque na estrutura a termo, com o mercado adicionando ainda mais prêmio diante do aumento dos riscos da não convergência da inflação para a meta e da trajetória fiscal se tornar um caminho sem volta. As taxas seguem rodando nas máximas desde março de 2023 e a ponta curta já indicava Selic terminal de 13,95% no meio da tarde.

Para a reunião de dezembro, os DIs apontavam 100% de chance de uma aceleração do ritmo de alta para 0,75 ponto porcentual no Copom de dezembro e de 72% na reunião de janeiro, contra 18% de probabilidade de 0,5 ponto.

"Há toda uma ansiedade com relação ao pacote, sobre o tamanho e o que vem, se medidas mais paliativas ou estruturais. E tudo isso num cenário pior para emergentes desde a eleição americana", afirma o chefe da mesa de operações do C6 Bank, Felipe Garcia.