A expectativa em torno da divulgação e da magnitude do pacote de corte de gastos em gestação no governo Lula dominou as atenções no mercado de câmbio doméstico nessa quinta-feira (7). Apesar da onda de enfraquecimento da moeda americana em relação a divisas fortes e emergentes, mitigada apenas parcialmente após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), o real apresentou fôlego bem limitado.
A taxa de câmbio até ensaiou uma queda pela manhã, quando tocou mínima a R$ 5,6343, mas o dólar ganhou força ao longo da tarde, em meio a rumores de que os cortes em estudo no governo seriam inferiores às expectativas do mercado financeiro. Na máxima, a divisa tocou R$ 5,7237.
À tarde, o Ministério da Fazenda procurou acalmar os ânimos, mitigando as pressões sobre o real. "É importante ressaltar que tal informação não corresponde ao que vem sendo debatido entre a equipe econômica, demais ministérios e a Presidência da República", afirmou a pasta, em nota, em referência a estimativas veiculadas de duas medidas fiscais, uma de R$ 15 bilhões, relacionada às áreas de Saúde e Transporte, e outra de R$ 10 bilhões.
Haddad passou o dia em reunião com Lula e os ministros da Casa Civil (Rui Costa), do Planejamento (Simone Tebet) e da Gestão (Ester Dweck) - todos que, junto com o titular da Fazenda, fazem parte da Junta de Execução Orçamentária (JEO). O vice-presidente, Geraldo Alckmin, juntou-se ao grupo à tarde.
Após manter estabilidade na reta final dos negócios, a divisa fechou praticamente estável, cotada a R$ 5,6753 (-0,01%).