Os juros futuros fecharam com sinais divergentes ao longo da curva a termo. Após uma manhã de alívio nos prêmios de risco estimulado pelo fechamento da curva dos Treasuries e pela expectativa de que, enfim, o pacote de corte de gastos fosse anunciado ainda nessa quinta-feira (7), a segunda etapa foi marcada por idas e vindas das taxas, estando o mercado com um olho no Federal Reserve e outro em Brasília.
Os investidores ajustaram a percepção sobre um anúncio iminente do pacote, mas voltaram a nutrir esperanças em medidas mais robustas, após a Fazenda negar informação que circulou na imprensa de que seriam nos valores de R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.
No fim da sessão, uma pernada extra de queda dos yields dos Treasuries a partir da entrevista de Jerome Powell ajudou a aliviar a curva por aqui. No fechamento, as taxas de curto prazos exibiam viés de alta, as intermediárias estavam de lado e as longas, em queda firme.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 encerrou em 13,00%, de 12,95% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 terminou em 13,02%, de 13,03%. O DI para janeiro de 2029 fechou com taxa a 12,85% (de 12,97%).
Ruídos relacionados à robustez das medidas também fizeram preço. "Na parte da tarde, o que pegou mais foi o fiscal, a expectativa de que o anúncio decepcione.
O mercado estava esperando algo mais robusto, entre R$ 30 bilhões e 50 bilhões, mas há rumores de que pode vir mais um corte de R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões. Seria bem frustrante", segundo análise do economista da DA Economics Victor Beyruti.