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'Efeito Trump' deixa futuros sem direção

Por Marcello Sigwalt

Com a 'ponta curta' registrando elevação - com a reprecificação dos juros dos EUA, após a vitória eleitoral do republicano Donald Trump - enquanto a longa exibiu retração - como reflexo do ajuste de posição dos investidores pelo mesmo motivo do pleito - os juros futuros encerraram a sessão desta quarta-feira (6) sem direção única.

Como reflexo do novo cenário trazido pela mudança política na maior economia do planeta, a taxa do DI com vencimento para janeiro de 2026 avançou de 12,85%, do ajuste anterior, para 12,975%; a do DI de janeiro de 2027 subiu de 12,975% a 13,035%; a do DI de janeiro de 2029 em que moderada, passou de 12,995% a 12,99%; a do Di de janeiro de 2031 baixou de 12,92% para 12,89%.e a do Di de janeiro de 2031 minguou de 12,92% a 12,89%.

Em contraponto à trajetória errática das taxas futuras, nos EUA, as taxas dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) apresentaram forte alta, em toda a extensão da curva, no final da tarde. Prova disso é que o rendimento da T-note de dois anos 'inflava' de 4,195% a 4,287%, ao passo que, na longa, a taxa do título de dez anos saltava de 4,287% para 4,444%.

Mereceu destaque o reconhecimento do investidor, desde o início da sessão, do bom desempenho dos ativos brasileiros ante seus pares emergentes, ao longo da sessão.

Na avaliação do estrategista-chefe para mercados emergentes do Deutsche Bank, Drausio Giacomelli, o 'leve' posicionamento e os níveis elevados dos juros futuros domésticos explicam o movimento da curva doméstica hoje.