Por Marcello Sigwalt
Como era amplamente esperado (e precificado, inclusive) pelo mercado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) decidiu, por unanimidade, elevar em meio ponto percentual (0,5 p.p.) a taxa básica de juros (Selic), que subiu de 10,75% ao ano para 11,25% ao ano.
Em seu comunicado, o comitê aponta que "o cenário [doméstico] segue marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, o que demanda uma política monetária mais contracionista".
Mais adiante, o colegiado acentua que "considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 11,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego".
Ainda sobre a economia tupiniquim, o comitê admite que "o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo. A inflação cheia e as medidas subjacentes se situaram acima da meta para a inflação em divulgações recentes".
O Copom admite que "o ambiente externo permanece desafiador devido à conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos.