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Fim da década deve marcar pico da oferta de combustíveis

Por Marcello Sigwalt

A reboque da tendência internacional, a oferta de combustíveis líquidos pelo Brasil (que incluem petróleo, biocombustíveis e gás natural líquido) deve aumentar dos atuais 4,2 milhões de barris/ dia para 5,1 milhões de barris/dia, em 2029, chegando ao pico ao redor de 5,5 milhões de barris por dia no final da década de 2030, até baixar a 5,2 milhões de barris por dia em 2050.

A projeção consta do relatório de perspectivas globais da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), segundo o qual a expansão da oferta tupiniquim deverá se concentrar em áreas como o pré-sal de águas ultraprofundas. "Isto inclui os próximos estágios de desenvolvimento nos campos Mero e Búzios, que devem contribuir de forma significativa com a capacidade de produção", acrescenta o relatório.

O documento avalia que "é esperado que Mero 3 e 4, cada um com 180 mil barris por dia de capacidade, devem ver a primeira (extração de) petróleo em 2024 e 2025, respectivamente", enquanto "os campos Búzios 6 a 10, com capacidade nominal de 180-225 mil barris por dia, devem começar a produzir entre 2025 e 2028". Em paralelo, o relatório da Opep entende que a exploração de petróleo do Brasil offshore tem aumentado, o que inclui a margem equatorial.

Destaques de produção

Também merecem destaque, segundo a organização, outros campos de produção de petróleo, como Bacalhau, com 220 mil barris por dia - cuja previsão é de que o início de extração do combustível comece no ano que vem - ao passo que Bacalhau Norte, cuja atividade pode iniciar em 2029, também deve atingir 220 mil barris por dia.