Alvo de preocupação federal, a profusão de crimes e escândalos financeiros envolvendo as bets, ou apostas online, levou o Ministério da Fazenda a sugerir a criação de uma força-tarefa, formada pela pasta, o Banco Central (BC) e a Polícia Federal (PF), com vistas ao monitoramento da atividade.
De acordo com o secretário de Prêmios e Apostas, Regis Dudena, um dos objetivos da iniciativa é aperfeiçoar a fiscalização da relação de empresas com as instituições financeiras autorizadas pela autoridade monetária.
Por sua vez, caberia à Polícia Federal e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) o papel de auxiliar nesse processo, com autonomia para derrubar sites que não estejam autorizados a atuar no país.
Na avaliação de Dudena, "temos uma interação prevista com a Anatel, com a Polícia Federal, com secretarias de segurança, para garantir que os sites que estiverem sendo disponibilizados, que não forem da lista dos autorizados, sejam derrubados".
Outra meta na mira da secretaria seria o mapeamento do tamanho do mercado de bets, em que as empresas autorizadas a operar no Brasil terão de fornecer relatórios e o monitoramento do fluxo de caixa, o que deve ajudar no cumprimento do objetivo.
Também em estudo pelo Executivo, o secretário propõe a criação de um grupo de trabalho com o Ministério da Saúde, que teria como tema central a criação de uma campanha sobre o vício em apostas.
Também não está descartada a elaboração de uma cartilha informativa sobre o tema, mediante a troca de informações para políticas conjuntas por ambos os ministérios.