Mediante um crescimento acelerado da indústria de petróleo do país - cuja atividade poderá superar o recorde registrado em 2014 - já permite prever, logo ali, um déficit importante na oferta de mão-de-obra do setor, a despeito das pressões constantes de ambientalistas pela redução da produção de combustíveis fósseis.
Evidência de tal 'pujança' petroleira pode ser verificada pelo número de sondas de perfuração e embarcações de apoio a plataformas, que se aproxima do pico apresentado há dez anos, ao passo que o emprego formal no setor avançou mais de 40%, desde 2020, ano em que passou a vigorar o novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
A 'disparada' desse mercado, no entanto, já produz 'gargalos' na contratação de mão de obra, por parte das empresas prestadoras de serviços, o que demanda aplicação de incentivos à qualificação de pessoal, o que é considerado fundamental para 'sustentar' o crescimento previsto para os próximos anos, quando o recorde da atividade deve ser batido.
Para o secretário-executivo da Abespetro (Associação Brasileira das Empresas de Bens e Serviços de Petróleo), Telmo Ghiorzi, "nossas análises indicam que, até 2029, o setor não para de crescer, apenas com os investimentos já contratados em plataformas".
Como reconhecimento prévio a esse 'problema', as petroleiras em operação no país já emitiram comunicado à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), com planos que preveem a instalação de 42 novas unidades de produção entre 2024 e 2028, período em que o setor petroleiro deve receber cerca R$ 500 bilhões em investimentos.