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Futuros refletem viés de alta da Selic

A expectativa do mercado - de elevação, em 0,25 ponto percentual (de 10,50% ao ano para 10,75% ao ano) da Selic (taxa básica de juros) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima reunião deste mês - manteve o viés de alta para as taxas de Depósito Interfinanceiro (DI), na sessão dessa segunda-feira (9), em que os trechos intermediários e longos, embora tenha apresentado inclinação de baixa, em boa parte do pregão, acabaram invertendo o movimento no fim da tarde, por questões técnicas, uma vez que o volume de negócios apresentado ficou aquém da média.

Dessa forma, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 cresce de 11,732%, no ajuste anterior, para 11,755%; o DI para janeiro de 2027 subiu de 11,694% para 11,715%, e a chamada 'ponta longa', com vencimento para janeiro de 2029, aumentou de 11,789% para 11,805%.

Para o gestor de renda fixa da Porto Asset, Gustavo Okuyama, "o mercado convergiu bastante para a alta de 25 pontos-base. Para isso, ajudaram algumas coisas. O principal foi a fala do Roberto Campos Neto, de que se formos ter um ciclo de alta da Selic, seria gradual. Teve repetição dessa mensagem com Diogo Guillen na sexta-feira, mas a mensagem dele pareceu tirar um pouco do 'se' e focar na alta de 25 pontos-base e em um começo mais gradual, e que nada impediria de fazer ajustes nas reuniões seguintes".

Tanto a fala de Campos Neto, quanto à de Guillen, devem pesar no 'silêncio' do Copom, a partir dessa quarta-feira (11), e assim deve continuar até o dia 18, sem qualquer manifestação pública da diretoria do BC sobre a política monetária.