Pelo segundo mês seguido, o superávit da balança comercial brasileira frustrou a expectativa do mercado - que esperava algo em torno de US$ 6 bilhões - ao totalizar US$ 4,828 bilhões em agosto.
O resultado também ficou aquém (recuo de 49,9%) do comparativo anual, haja vista que, em igual mês do ano passado, o saldo positivo superou US|$ 9,633 bilhões, conforme apontam os números divulgados, nessa quinta-feira (5), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).
De igual forma, as exportações brasileiras, ao totalizarem US$ 29,079 bilhões no mês passado, ficaram 6,5% inferiores ao mesmo período de 2023, quando estas chegaram a US$ 31,101 bilhões.
Tal desempenho adverso foi influenciado pela queda de 19,1% dos embarques da agropecuária (-US$ 1,46 bilhões), de 8,1% da indústria extrativa (-US$ 580 milhões), em contraste com o avanço 'módico' de 0,6% da indústria de transformação (US$ 100 milhões).
Pelo lado das importações, estas atingiram US$ 24,251 bilhões, o que representa uma alta anual de 13%, por sua vez, puxada pelo avanço de 12,5% em compras da indústria de transformação (US$ 2,47 bilhões), de 21,6% na indústria extrativa (US$ 250 milhões) e de 18,7% na agropecuária (US$ 70 milhões).
Já na última semana de agosto, o saldo positivo da balança foi de US$ 339,4 milhões, resultante de exportações de US$ 6,196 bilhões e importações de US$ 5,857 bilhões.
Já o superávit comercial acumulado em 2024, até o oitavo mês, é de US$ 54,069 bilhões, 'em linha' com o esperado pelo MDIC.(M.S.)