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Contas públicas fecham julho com déficit de R$ 9,3 bilhões

Por Marcello Sigwalt

Sob o peso do saldo negativo de R$ 22,5 bilhões da Previdência - parcialmente compensado pelo superávit de R$ 13,2 bilhões, apresentado pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central (BC) - as contas públicas federais exibiram, em julho, um déficit primário (receitas menos despesas, excluídos os juros da dívida) de R$ 9,33 bilhões, segundo dados divulgados, nessa quinta-feira (5), pelo Tesouro Nacional.

Ao mesmo tempo, levando em conta a receita líquida, no comparativo anual, houve aumento real (descontada a inflação) de 9,5% (R$ 16 bilhões), além de uma redução real de 6% (R$ 12,3 bilhões, das despesas totais, embora tal recuo de gastos seja considerado 'sazonal' (temporário) pelo governo, tendo em vista pagamentos de precatórios e benefícios do INSS.

Já no que se refere ao acumulado de janeiro a julho deste ano, o déficit acumulado chegou a R$ 77.9 bilhões, pouco menor do que o resultado negativo de R$ 79,2 bilhões, em igual período do ano passado. Em que pese tal desempenho, Executivo mantém a meta de zerar as contas públicas neste ano, em que a receita subiu 8,7% (R$ 99,6 bilhões), ao passo que a despesa avançou 7,8% (R$ 95,4 bilhões).

No detalhe, tanto em julho, quanto no acumulado dos sete primeiros meses de 2024, a alta da receita decorreu da alta da arrecadação do Imposto de Renda das empresas e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), da Cofins e do PIS/Pasep.

Já em agosto, a arrecadação de impostos e contribuições federais totalizou R$ 231,04 bilhões (alta anual de 9,6%.