Por Marcello Sigwalt
Em sua maioria, concentrada na perfuração de poços (88%), os investimentos na fase de exploração dos contratos de petróleo e gás natural devem alcançar a marca de R$ 16,4 bilhões no período de 2024 a 2027, em que os 12% restantes (R$ 2,27 bilhões) serão distribuídos entre teste de poço (8%), levantamento geofísico exclusivo (3%) e levantamento geofísico não exclusivo (1%).
É o que aponta o Relatório Anual de Exploração 2023, divulgado, nessa segunda-feira (2) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com o documento, para o período de 2024 a 2027, estão previstos investimentos no montante de R$ 18,31 bilhões, dos quais, R$ 7,64 bilhões serão efetuados em 2025 e os R$ 10,67 bilhões restantes, a serem distribuídos nos anos de 2026 e 2027.
No detalhamento dos investimentos, o relatório indica que, entre os investimentos previstos apenas para este ano, R$ 9,50 bilhões se destinarão ao ambiente marítimo, sendo R$ 8,50 bilhões na perfuração de poços. Para o ambiente terrestre, a previsão é de R$ 470 milhões.
Na verdade, a fase de exploração, explica a ANP, somente tem início, mediante a assinatura dos contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural, quando são feitos estudos para detectar a presença desses combustíveis nas áreas sob contrato, chamadas de blocos, em quantidade suficiente para tornar sua extração economicamente viável. Caso essa etapa tenha êxito, as empresas poderão passar à fase de produção, que marca o início da produção, quando a área contratada passa a ser chamada de campo.
Números de 2023
No que diz respeito aos números de 2023, a agência reguladora revelou que este foi encerrado com 251 blocos sob contrato: 13 sob o regime de partilha de produção e 238 sob o regime de concessão.
Já no biênio 2022-2023, houve queda de 44 blocos, que teria sido motivada, prossegue a ANP, pela redução pelo baixo quantitativo de contratos assinados e ao alto número de blocos devolvidos.