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Nova mexida cambial derruba bolsa

O dólar fechou em queda de 0,29% nesta segunda-feira (2), aos R$ 5,615, em dia de volatilidade marcado por leilão extra realizado pelo BC (Banco Central) e por um feriado que fechou os mercados nos Estados Unidos. A moeda oscilou entre os sinais durante a sessão. Na máxima, chegou a R$ 5,659; na mínima, a R$ 5,604. Já a Bolsa recuou 0,81%, aos 134.906 pontos, puxada pelo recuo dos papéis da Vale.

A sessão foi de baixa liquidez em função do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, o que costuma trazer mais volatilidade aos ativos de risco, como o real e os mercados acionários.

Com as negociações americanas fechadas, o foco dos agentes econômicos se voltou à cena doméstica. O BC realizou um leilão extra de 14.700 contratos de swap cambial entre 9h30 e 9h40 desta manhã, o equivalente a US$ 735 milhões.

No total, foram vendidos 13.000 contratos com vencimento em 5 de março de 2025 e outros 1.700 com vencimento em 1º de agosto de 2025.

Foi a terceira intervenção no câmbio desde sexta-feira, quando a autarquia fez duas vendas para tentar conter a alta do dólar: uma no mercado à vista, de US$ 1,5 bilhão, e outra de 15.300 contratos de swap cambial, de US$ 765 milhões.

Na operação à vista, o leilão é de reservas internacionais, sem compromisso de recompra, e o dinheiro é injetado no mercado.

Já os contratos de swap funcionam como injeção de dólares no mercado futuro, e quem compra está protegido em caso de desvalorização. São uma forma de dar saída aos investidores, como porta alternativa em uma festa lotada, exemplificam economistas.