Por Marcello Sigwalt
Uma desaceleração quase pela metade. Assim se comportou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) - também chamado de 'prévia da inflação' - recuou de uma alta de 0,30%, em julho, para 0,19%, em agosto, aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para quem, a maior contribuição para o resultado veio do grupo Transportes, que variou 0,83% e teve impacto de 0,17 ponto percentual.
As demais influências relevantes couberam aos grupos Educação (0,75% e 0,05 p.p.) e Artigos de residência (0,71% e 0,03 p.p.). Em contraponto, o grupo de Alimentação e bebidas (-0,80% e -0,17 p.p.) caiu pelo segundo mês consecutivo.
Se considerados os últimos 12 meses, a 'prévia da inflação' variou 4,35%, patamar inferior aos 4,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,28%. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados exibiram alta em agosto.
No caso específico do grupo Transportes (0,83% e 0,17 p.p.), o resultado sofreu influência dos combustíveis (3,47%), sobretudo a gasolina (3,33% e 0,17 p.p.), sem contar o etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%), igualmente em alta. As passagens aéreas registraram queda nos preços (-4.63% e -0,03 p.p.).
No grupo Educação (0,75%), a variação de maior peso veio dos cursos regulares, com alta de 0,77%, puxados por subitens, como ensino superior (1,13%) e ensino fundamental (0,57%).
"No grupo Habitação (0,18%), o principal impacto veio do gás de botijão (1,93% e 0,02 p.p) e a taxa de água e esgoto (0,13%).