O Brasil é o detentor da matriz energética com maior uso de energias renováveis do planeta, o correspondente a 89%, aponta o site especializado Ember Climate. A vantagem competitiva deve ser explorada pelo governo petista, durante a reunião do G 2- (20 maiores economias), que ocorre, de 18 a 19 de novembro próximos, no Rio de Janeiro.
Embora tal informação constitua um trunfo político, a ser utilizado, inclusive, nas semanas que antecedem ao pleito municipal, no início de outubro, especialistas ressaltam a necessidade de o governo brasileiro enfatizar mais a segurança energética do que, 'tão somente' concentrar esforços na ampliação de fontes renováveis.
Na 'ponta do lápis', porém a maior participação das fontes renováveis na matriz elétrica tupiniquim só foi obtida, mediante a aplicação de 'subsídios embutidos' na chamada CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), paga diretamente na conta de luz dos brasileiros. Sobre este fato, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira tem enfatizado que o consumidor brasileiro não será mais penalizado, em favor dos produtores de energia renovável.
Mais próximo do Brasil na matéria, o Canadá tem um índice de 67% no uso de energias renováveis em sua matriz elétrica, em especial, hidráulica. Na lanterna do ranking, a Alemanha detém uma participação de 50%. Em posição superior à do vizinho teutônico, a França produz 65% de sua energia elétrica, a partir de usinas nucleares, mas essa energia requer a extração de minérios. Isso levou o país europeu a recuar, de 78% para 65%, a participação nuclear em sua matriz elétrica, de 2000 para 2023. (M.S.)