Batendo o segundo recorde seguido, o Ibovespa encerrou a sessão dessa terça-feira (20) superando a marca dos 136 mil pontos, com alta de 0,23%, aos 136.087,41, acima, portanto, dos 135.777,98 pontos da véspera.
A recorrente melhora acionária, porém, não evitou que o dólar valorizasse 1,35% ante o real, fechando os negócios cotado a R$ 5,48, alta 'alimentada' pela aversão ao risco de investidores, pela expectativa crescente do mercado no que se refere às taxas de juros ianques pelo Federal Reserve (Fed) - o bc dos EUA - conforme avaliação do planejador financeiro e sócio da Matriz Capital, Felipe Castro.
"Na contramão da desvalorização observada nos últimos dias, o dólar voltou a ganhar força hoje, resultado da aversão ao risco por parte dos investidores, que aguardam o que o Fed tem a dizer a respeito das perspectivas para as taxas de juros nos EUA", disse Castro.
No front externo, as bolsas estadunidenses igualmente recuaram, mesmo que de forma moderada, o que caracterizaria um processo de correção, após altas consecutivas. Tal comportamento também refletiria a preocupação do Fed com relação ao mercado de trabalho dos EUA.
De toda sorte, as declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, no sentido de que estaria ocorrendo uma 'melhoria' no cenário externo, ante à expectativa de redução dos juros ianques pelo Fed, é uma tendência que se acentuou nas últimas sete semanas.
A eventual alta dos juros nos EUA prejudicaria a liquidez global, sobretudo economias emergentes, como a do Brasil. (M.S.)