Por Marcello Sigwalt
Após cumprir uma longa 'pausa' de 20 meses de resultados negativos, a indústria da construção retoma o viés positivo, mediante a recuperação da confiança do empresário industrial e das empresas no cenário econômico atual, que avançou em julho último.
Tal sinalização positiva decorre da estabilidade, tanto da atividade industrial, quanto do contingente de empregados, na passagem de junho a julho, conforme indicadores da Sondagem da Indústria da Construção, elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mostram um avanço, de 49,9 pontos para 50,1 pontos, referente ao nível de atividade. A alta do índice é significativa, pois ela representa a ultrapassagem da linha divisória de 50 pontos, que separa contração de expansão. Embora aquém dessa margem, o índice do número de empregados subiu de 48,8 pontos para 49,8 pontos.
Na avaliação da economista da CNI, Paula Verlangeiro, "tanto para o nível de atividade, quanto para o número de empregados o desempenho pode ser considerado positivo, visto que o usual para o período é que ocorram quedas do nível de atividade e do número de empregados".
Já os indicadores para os próximos meses recuaram, o que denota uma confiança e expectativas mais moderadas, haja vista que o índice de confiança do empresário da indústria da construção no curto prazo recuou de 51,8 pontos para 51,3 pontos.
Esse traço de moderação também está presente no contraste entre a percepção dos empresários e das empresas para as condições atuais da economia, que cresceu de 45,5 pontos para 47,4 pontos, ao passo que as perspectivas para os próximos meses baixaram de 55 pontos para 53,3 pontos, pelo mesmo segmento.