Contaminado pela aversão a risco global, o Ibovespa fechou em baixa de 0,46%, aos 125.269,54 pontos, com baixa de 584,55 pontos e volume financeiro que totalizou R$ 23,1 bilhões, antes dos ajustes finais. De acordo com analistas, as perdas tupiniquins só não foram mais expressivas, em razão da disparada das ações do Bradesco, cujo balanço do segundo trimestre (2T24) mostrou lucro líquido que superou as expectativas, além de apresentar tendências favoráveis no curto prazo.
'Beneficiado' pelo pânico planetário, aqui, o dólar à vista chegou a bater a casa de R$ 5,86, no início das negociações, mas acabou perdendo força, ante seus pares de divisas de países emergentes, assim como pela divulgação de dados mais positivos do setor de serviços nos EUA. A unidade monetária ianque terminou o dia cotada a R$ 5,74 para venda, com alta de 0,53%, sua maior cotação, desde dezembro de 2021.
De qualquer sorte, o entendimento do mercado é que o índice brasileiro já estava 'muito descontado' - quando o valor das ações estaria abaixo do que deveria - além de acumular perdas de 1,87% no mês e 6,64% no ano.
Para o economista e gestor de investimentos e sócio da Matriz Capital Asset, Luiz Rogé, "se pensarmos só em EUA, víamos as bolsas subindo há um bom tempo, especialmente a Nasdaq, com as empresas de tecnologia e Inteligência Artificial. Havia uma alta sistemática há bastante tempo. A questão era: até que ponto isso iria? O crescimento abaixo do esperado no aumento do nível de emprego nos dados de julho nos EUA acendeu as luzes e detonou esse processo". (M.S.)