Por Marcello Sigwalt
Terceira alta consecutiva, a projeção do IPCA (indicador oficial de inflação) para 2024 subiu de 4,10% para 4,12%, segundo apurou, nessa segunda-feira (5), o boletim Focus - consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras nacionais - que se aproxima, ainda mais, do teto da meta de inflação para este ano, de 4,5%. De igual forma, cresceu de 3,96% para 3,98% a estimativa para 2025, enquanto esta foi mantida em 3,6% para 2026 e em 3,5% para 2027.
Consolidando a chamada 'inflação de demanda' - quando consumo supera a capacidade de produção - a previsão para o PIB neste ano subiu de 2,19% para 2,20%, ao passo que aquela para 2025 recuou de 1,94% para 1,92%. Permaneceram estáveis em 2% os prognósticos para 2026 e 2027.
Enquanto a expectativa do mercado financeiro manteve 'imexível' em 10,5% ao ano (a.a.) a Selic (taxa básica de juros) para 2024, aquela para o ano seguinte cresceu de 9,5% ao ano para 9,75% ao ano. Já para 2026 e 2027, a perspectiva para a economia 'estacionou' em 9% ao ano.
Embora tenha sido mantida em R$ 5,30, a cotação do dólar para o final do ano voltou a subir, de R$ 5,25 para R$ 5,30, para o 2025, sendo mantida em R$ 5,25 para 2026 e elevada, de R$ 5,23 a R$ 5,25, para 2027.
Já o resultado primário - referência para a gestão das contas públicas - para este ano foi mantido em um déficit de 0,70% do PIB, mesmo percentual para 2025; caiu de -0,53% do PIB para -0,50% do PIB para 2026, além de recuar de 0,31% do PIB para 0,30% do PIB para 2027.
Para a balança comercial de 2024, permaneceu a expectativa de superávit de US$ 82 bilhões, ao passo que para 2025 houve queda de US$ 78,50 bilhões para US$ 78,0 bilhões.
O mercado manteve em US$ 69,6 bilhões o montante de investimento estrangeiro direto no país para este ano.