O tempo é o senhor da razão. Tal máxima se aplica 'como luva' à revelação bombástica de que o mandatário petista teria trilhado o mesmo caminho tortuoso (e condenável) de seu predecessor, atropelando a 'transparência', premissa de qualquer governo honesto que se preze.
Replicando o desrespeito anterior à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) - que o declarou inconstitucional, além de determinar 'transparência' do Executivo sobre o 'apadrinhamento' de emendas parlamentares - o atual ocupante do Planalto não 'resistiu ao apelo' do orçamento secreto, sacando R$ 7 bilhões, 'devidamente' direcionados a redutos eleitorais de seu direto interesse.
A fatura seria 'aplicada' para aquisição de itens variados, como asfalto, tratores, kits de robótica, equipamentos, sem contar consultas de saúde e exames médicos. Em iniciativa similar, o ex-capitão da 'arminha', ante o repúdio público da ocasião, havia desistido de pagar outros R$ 15,5 bilhões.
Em defesa do Planalto, na semana passada, o ministro supremo, indicado lulista, Flávio Dino, veio em socorro do chefe, afirmando que, "nem o governo petista ou o Congresso comprovou 'cabalmente' o cumprimento da decisão [suprema]", emendando que o Tribunal de Contas da União (TCU) teria chegado à mesma conclusão, após análise das contas presidenciais.
Permanecem pendentes de respostas, questões, como a não identificação dos parlamentares 'aquinhoados' com o orçamento secreto bilionário e critérios para divisão dos recursos.
Em afronta direta à determinação do Supremo, o governo petista continuou operando emendas secretas. (M.S.)