Por Marcello Sigwalt
Embora com viés de estabilidade, a proporção de famílias brasileiras endividadas cresceu de 78,1% para 78,5%, na passagem de março para abril, apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada, nessa terça-feira (7) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Tal patamar mais recente supera, ainda, o apresentado em abril do ano passado, quando chegou a 78,3%.
De acordo com a entidade, o avanço, mesmo que moderado, decorre da maior demanda das famílias por crédito, como reflexo da redução gradual dos juros.
Na avaliação da confederação, a tendência no curto prazo é de que o endividamento continue a crescer, o que aumenta a 'necessidade de monitoramento do risco de aumento da inadimplência, em especial, no final do ano'.
De acordo com a metodologia da pesquisa da CNC, são consideradas dívidas, contas a vencer nas modalidades: cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.
Já a parcela de consumidores com contas em atraso estacionou em 28,6% em abril, mesmo percentual apresentado no mês anterior.
Em abril do ano passado, porém, a proporção de famílias inadimplentes era mais alta, correspondente a 29,1%.
No que toca à proporção de consumidores sem condições de pagar suas dívidas vencidas, se mantendo inadimplentes, avançou de 12%, em março, para 12,1%, em abril último, abaixo, portanto, dos 11,6% registrados em abril de 2023.