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Confiança Industrial recua em 21 setores

Queda setorial decorre de avaliação negativa da economia | Foto: Divulgação

Como epidemia, que contamina rapidamente o tecido econômico nacional, o desajuste fiscal recorrente da gestão federal também atingiu o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que apresentou recuo em 21 dos 29 setores industriais pesquisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em destaque no estudo, oito grupos saíram do estado de 'confiança' para 'falta de confiança', como: máquinas e equipamentos (49,8 pontos); serviços especializados para a construção (49,8 pontos); impressão e reprodução (49,7 pontos); produtos de material plástico (49,5 pontos); couros e artefatos de couro (49,3 pontos); produtos de borracha (49 pontos); perfumaria, limpeza e higiene pessoal (48,2 pontos); e móveis (47,8 pontos).

Segundo a escala, que varia de 0 a 100 pontos, valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e aqueles abaixo dessa margem atestam falta de confiança do empresário.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, "a piora da confiança é resultado da piora na avaliação das condições correntes dos empresários. Tanto a avaliação da economia brasileira quanto da própria empresa piorou em abril.

A Sondagem Industrial e a Sondagem Indústria da Construção do mesmo mês mostraram a insatisfação com a situação financeira e a dificuldade de acesso ao crédito no primeiro trimestre de 2024, o que explica a piora da confiança dos setores da indústria".

Mesmo com recuo na maior parte dos setores, como ponto positivo, em 18 deles, a confiança supera a margem de 50 ponto, a exemplo de biocombustíveis (55,9 pontos) e equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (52,2 pontos).

No topo da confiança se mantêm: manutenção e reparação (59 pontos), biocombustíveis (55,9 pontos), farmoquímicos e farmacêuticos (55,5 pontos) e veículos automotores (54,2 pontos).

Por porte empresarial, as pequenas empresas tiveram maior recuo (1,6 ponto) para 49,7 pontos.

Por regiões, o Norte e Nordeste recuaram de 2,7 pontos e 2,3 pontos, respectivamente. (M.S.)