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CNI: 'política do gás está na contramão'

Na contramão da história da economia mundial. Assim classificou o atual patamar de preço do gás, que estaria "absurdamente" elevado, disparou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, durante evento realizado, segunda-feira (22), na sede da entidade, na Capital federal, ao apontar que tal situação de carestia vem prejudicando a "competitividade' do setor produtivo nacional". Ao lado do vice-presidente da República e do ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, Alban aproveitou a oportunidade para defender a abertura do mercado de gás, tendo em vista reduzir o valor do insumo no país.

"O preço do gás mesmo com as crises geopolíticas cedeu no resto do mundo e continuamos com o preço inviável para esse insumo que é tão estratégico ao nosso país, para a produção de fertilizantes nitrogenados para o agronegócio. É um insumo energético e matéria-prima para os setores petroquímico e químico", comentou o dirigente industrial.

A diretora do Centro de Estudos de Regulação e Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Joísa Dutra - responsável por estudo do setor - condicionou o desenvolvimento de seu potencial no país ao aprofundamento das regulamentações trazidas pela nova lei do gás, que acaba de completar três anos. "A agenda regulatória é extensa e ambiciosa, mas o seu enfrentamento é crucial para destravar decisões concretas de investimento, as quais estão premidas pelo horizonte da transição energética. A maior competitividade do gás no país depende da continuidade do processo em curso e da articulação com as esferas estaduais". (M.S.)