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Alta geral no boletim Focus: inflação, PIB e Selic avançam

Piora fiscal está bem precificada, mediante o avanço da inflação e dos juros | Foto: Divulgação

Por Marcello Sigwalt

Reeditando a 'montanha russa' das últimas semanas, após 'encolher' de 3,76% para 3,71% na semana anterior, a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) - índice oficial de inflação - para 2024 voltou a subir, desta vez, para 3,73%. Há um mês, o indicador apontava 3,75%. Em todos esses casos, a estimativa está acima do centro da meta de inflação (3%), fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Elevação semelhante apresentou a previsão para 2025, ao avançar de 3,56% para 3,60%. Para 2026 e 2027, porém, esta continua em 3,50%.

De acordo com dados divulgados, nesta terça-feira (23), pelo boletim Focus, de igual forma, também cresceu a expectativa em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), que manteve a trajetória ascendente, passando de 1,95% para 2,02%, ante à perspectiva de alta de 1,85%, há quatro semanas. Para 2026 e 2027, contudo, esta se manteve em 2%.

Numa consolidação da tendência altista, a Selic (taxa básica de juros) foi elevada, novamente, pelo mercado financeiro, de 9,13% ao ano (a.a.) para 9,50% a.a., assim como cresceu de 8,5% a.a., para 9% a.a. para 2025. Em contraponto, a taxa continuou em 8,50% a.a. para 2026 e 2027.

Já o dólar passou de R$ 4,97 para R$ 5,00 em 2024 e de R$ 5,00 para R$ 5,05 para 2025.

Referência para as contas públicas, foi mantido o déficit primário de 0,70% do PIB para 2024, que continuou em -0,60% do PIB em 2025.

Ao mesmo tempo, houve piora nas projeções da dívida pública em 2024, de 63,77% do PIB para 63,85% do PIB.

Já a balança comercial brasileira fecha em 2024 em US$ 80,50 bilhões.