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Gasolina: Prates descarta novo aumento

Contrariando todas as evidências de mercado - que dão conta de uma defasagem de, pelo menos, 21% do preço da gasolina e de 10% do diesel, nas refinarias da Petrobras, em relação ao patamar praticado pelo Golfo do México, segundo reportou a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) - o presidente da Petrobras, o presidente da Petrobras Jean Paul Prates descartou por completo a possibilidade de aumento dos preços dos combustíveis, nas próximas semanas.

"Estamos avaliando as condições todas de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", sustentou o comandante da estatal.

Enquanto o discurso sintonizado com o calendário eleitoral persiste, a realidade é que a cotação do tipo Brent (referência global) já passa de US$ 87, depois de chegar a US$ 90, no último dia 12 deste mês.

A última intervenção da petroleira ocorreu em outubro do ano passado, com a redução, de R$ 2,93 para R$ 2,81 do valor do litro da gasolina vendida pelas refinarias às distribuidoras. No caso do diesel, o recuo, em dezembro último, foi de R$ 3,78 para R$ 3,48).

Levando em conta o contexto geopolítico, a escalada alarmante do conflito Israel-Irã contribuiu para elevar ainda mais a volatilidade do Brent, cuja máxima (US$ 91,17 o barril) foi a maior, desde outubro de 2023.

No período acumulado do ano, a valorização da commodity é de US$ 10 o barril, ou cerca de 13%. (M.S.)