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Balança cai, depois de dois superávits

Embora o acirramento do conflito geopolítico no Oriente Médio ofereça, ironia ou não, uma perspectiva positiva para as commodities nacionais, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) observou que, após dois meses consecutivos de superávits recordes, a balança comercial brasileira apresentou 'desaceleração' a partir de março último, tanto no que se refere às exportações, quanto às importações.

Segundo o instituto, no mês passado, o superávit de US$ 7,5 bilhões, embora tenha ficado abaixo de março de 2023, consolidou um superávit de US$ 19,1 bilhões no primeiro trimestre deste ano (1T24), o maior da série histórica para o período.

A desaceleração das vendas externas, portanto, ficou patente, após as altas de 19,7%, em janeiro e de 20,6%, em fevereiro, serem substituídas por um recuo de 9,6% em março.

Pelo lado das importações, houve comportamento semelhante, em que as elevações de 11,2% (janeiro) e de 12,4% (fevereiro) passaram para uma queda de 1,6%, no mês passado.

Do ponto de vista macroeconômico, caso não se agrave o cenário geopolítico externo, o indicador avalia que a tendência é de valorização de commodities, como o petróleo, sem contar o fato de que os juros altos nos EUA podem favorecer o real.

Em sua análise, o Icomex comenta que "em abril, antes do acirramento do conflito no Oriente Médio entre Irã e Israel, a Organização Mundial do Comércio (OMC) estimou alta de 2,6% do comércio mundial este ano, após recuo de 1,2%, em 2023, pelo fraco desempenho europeu e incertezas no comércio mundial". (M.S.)

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