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Corte federal não chega a R$ 10 bilhões

Por Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli (Folhapress)

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê um corte de despesas de menos de R$ 10 bilhões no próximo ano para o cumprimento da meta fiscal.

Na contramão da revisão de gastos, as despesas com o pagamento dos benefícios da Previdência Social e da folha de servidores crescem em ritmo bem mais acelerado e vão aumentar R$ 106,7 bilhões em 2025.

Apesar da expectativa criada com o processo de revisão de gastos para ajudar a melhorar as contas públicas, o governo escolheu apenas dois focos de atuação para economizar no próximo ano: os benefícios previdenciários e o Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária).

Não há nenhuma outra medida de corte efetivo de despesas prevista no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias), enviado nesta segunda-feira (15) ao Congresso Nacional, para contrapor ao crescimento das despesas obrigatórias, como o pagamento das aposentadorias, pensões e auxílios previdenciários, além dos salários dos servidores.

A projeção do governo é economizar R$ 9,2 bilhões em 2025 com essas duas medidas -R$ 7,2 bilhões na Previdência e R$ 2 bilhões no Proagro. Nos anos seguintes até 2028, a revisão atinge R$ 9,3 bilhões.

As duas medidas já estão em curso, mas é a primeira vez que o PLDO aponta quais as políticas públicas serão revistas e incorporadas na proposta orçamentária.

A economia projetada nos quatro anos, de R$ 37,3 bilhões, não cobre nem mesmo aumento de R$ 40 bilhões das despesas com a folha salarial do funcionalismo público em 2025.

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