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Ipea projeta superávit de R$ 1,3 bilhão

O bom desempenho da arrecadação deve permitir que o Governo Central colha um superávit de R$ 1,3 bilhão em março deste ano, mediante uma receita líquida de R$ 166,5 bilhões no mês, o que corresponde a um crescimento de 10,1% ante março do ano passado, já descontada a inflação do período. Enquanto a despesa projetada somou, no mês passado, R$ 165,2 bilhões - uma alta de 4,2%, para igual mês de 2023 - a receita total subiu 10%, no comparativo anual, a R$ 201,5 bilhões.

Para os pesquisadores Sergio Ferreira e Felipe Martins, da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Ipea, na Carta de Conjuntura, "isso se deu em função do bom desempenho da arrecadação, tanto das receitas administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), com expansão de 11,2%, como das não administradas pela RFB, com aumento de arrecadação de 9,4%, sempre em termos reais".

Sobre o resultado primário, no acumulado do primeiro trimestre de 2024 (1T24), houve superávit de R$ 22,9 bilhões, aquém do superávit de R$ 33,4 bilhões, em março de 2023 ou recuo de 31,4%.

Já as receitas tiveram crescimento real de 9,3% no 1T24, no comparativo anual, ou mais R$ 57,4 bilhões. Já as despesas cresceram 12,6%, ou mais R$ 58 bilhões, tendo em vista o 'salto' de 4.329,4% dos dispêndios com sentenças judiciais e precatórios, de R$ 29,5 bilhões.

De acordo com classificação técnica do Ipea, as estimativas preliminares, divulgadas nessa quinta (11), levam em conta dados da execução orçamentária registrados no Siafi, por meio do Tesouro Gerencial. (M.S.)

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