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Após subir 0,83% em fevereiro, IPCA baixa a 0,16% em março

Recuo de itens de Educação pesou na queda do indicador de inflação | Foto: Divulgação

Por Marcello Sigwalt

Um tombo expressivo foi descrito pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ao despencar 0,67 ponto percentual, de uma alta de 0,83%, em fevereiro último, para 0,16%, em março, divulgou, nessa quarta-feira (10) o IBGE (Índice Brasileiro de Geografia e Estatística). Com esse resultado, o indicador oficial de inflação acumula variação de 1,42% no ano e de 3,93% nos últimos 12 meses. Em igual mês do ano passado, o índice havia subido 0,71%.

Em que pese a desaceleração do IPCA, dos nove grupos pesquisados pelo instituto, seis avançaram entre fevereiro e março. Segundo o gerente da pesquisa, André Almeida, "essa desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da Educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março", ao ressaltar que o grupo saiu de alta de 4,98% para 0,14%.

A exemplo de pesquisas anteriores, o grupo Alimentação e bebidas respondeu pelo maior impacto (0,11 p.p.) e a maior variação (0,53%) no índice inflacionário do mês passado, também aqui, uma queda ante à variação de 0,95% de fevereiro. "Problemas relacionados às questões climáticas fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade", comenta Almeida.

Em desaceleração semelhante, a Alimentação no domicílio recuou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março, mas não evitou as altas da cebola (14,34%); tomate (9,85%) e do ovo de galinha (4,59%).

Na avaliação de Almeida, "o caso do ovo de galinha tem uma explicação própria: relativo a um período em que uma parcela da população optou por não comer carne por questões religiosas, aquecendo a demanda dessa proteína".

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