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PMI do setor sobe para 54,8 em março

Avanço do setor é o maior, nos últimos 20 meses | Foto: Divulgação

Patamar mais elevado em 20 meses, o PMI (Índice de gerentes de compras, na sigla em inglês) do setor de serviços avançou de 54,6, em fevereiro, para 54,8 em março último, de acordo com dados fornecidos pela consultoria S&P Global, segundo a qual o desempenho do primeiro trimestre deste ano (1T24) é o melhor já registrado, desde junho de 2022. De igual forma, o PMI Composto da indústria também cresceu para 55,1, o mais alto em 20 meses.

Entre os fatores da alta, a pesquisa aponta que o resultado do mês passado recebeu 'impulso' da segunda recuperação nas vendas, num período em torno de um ano e meio, sem contar a expansão mais célere do emprego, não observada, desde outubro de 2022.

Outra conclusão da pesquisa da consultoria internacional é de que a área 'mais bem-sucedida' foi a dos serviços ao consumidor, enquanto a área de finanças e de seguros apresentou expansão mais acentuada no quesito 'negócios'. Já o subsetor de Imóveis e Serviços Comerciais garantiu a posição no ranking, em ambas as análises.

Para a diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima, à pesquisa, os provedores de serviços admitiram ter havido melhoria na disposição dos clientes em ampliar seus gastos, em relação aos últimos meses. Este fato, segundo ela, não apenas sustentou as vendas atuais, assim como incentivou a criação de empregos e reforçou a confiança nas perspectivas econômicas.

Ao mesmo tempo, Pollyanna acentua que a recuperação recente da demanda decorreu, sobretudo, do aumento das pressões inflacionárias no setor, em que os preços cobrados pela prestação de serviços devem apresentar aumentos expressivos nos próximos meses.

"As pressões sobre os custos permaneceram consideravelmente mais altas na economia de serviços do que aquelas observadas no setor industrial, mas os esforços para reter clientes contiveram um pouco os aumentos nos preços, por enquanto", comentou a diretora da S&P Global.

Os custos mais altos de mão de obra e de materiais elevaram a inflação de insumos em março, além de contas mais caras de eletricidade e água. (M.S.)

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