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Novo escândalo da estatal vem dos Alpes

Escândalo que vem dos Alpes e mancha a imagem da maior estatal brasileira, a empresa suíça de negociação de commodities Trafigura se declarou culpada à Justiça dos Estados Unidos pelo pagamento de propina a autoridades brasileiras (sem indicar nomes específicos) em troca da garantia de negócios vantajosos com a Petrobras, de 2003 a 2014.

A confissão deve render uma multa de US$ 127 milhões (R$ 635 milhões, pelo câmbio atual) à companhia helvética - por violações da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês) - por meio da Trafigura Beheer BV, empresa controladora do Grupo Trafigura durante o período, como parte do acordo com a Justiça.

O Departamento de Justiça (DoJ) ianque - que conduz investigações sobre o comportamento de ex-funcionários e agentes no Brasil, há mais de dez anos - evitou declinar a identidade de ex-funcionários e agentes subornáveis.

Entre as poucas informações disponíveis, destaque para o fato de que tal esquema de corrupção teria sido descoberto no contexto das investigações da Operação Lava Jato que, em sua 57ª fase, apontou o envolvimento de nomes como Vitol e Glencore, no pagamento de propinas a funcionários da Petrobras, por empresas que atuam no mercado de compra e venda de petróleo e derivados (trading).

Em sintonia com o 'modus operandi' da Lava Jato, pagamentos usavam empresas de fachada, para que funcionários da Petrobras recebessem os recursos, por meio de contas bancárias offshore. Cálculos do DoJ estimam que a Trafigura lucrou US$ 61 milhões com o esquema. (M.S.)

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